segunda-feira, 17 de junho de 2013

ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL

PASSOS PARA A BENÇÃO DIVINA

Texto básico: Deuteronômio 30:14-20.

Texto Áureo: “E, depois, leu em alta voz todas as palavras da Lei, e benção e a maldição, conforme tudo o que está escrito no livro da Lei”. Josué 8:34.

INTRODUÇÃO

A lição faz referencia ao terceiro discurso de Moisés, dirigido aos israelitas nascidos durante a peregrinação. Moisés apresentou instruções sobre como os israelitas poderiam receber a benção divina e subsistir como nação, diante dos cananeus (Dt 30:11-20). Deus permite a todos que são submissos à sua Palavra, fazer parte integral de seus planos (Jr 42:6); ao mesmo tempo Ele não deixa impunes os desobedientes ((Dt 9:14).
A palavra chave é gratidão; os israelitas deveriam trazer um cesto com as primícias e declamar a história de redenção e do presente dado por Deus, à terra prometida (supõe-se que seja possível celebração da festa das Semanas/Colheita ou Pentecostes, Êx 23:16; Lv 23:15-21; Dt 16:9-15).

No antigo calendário israelita estão relacionadas três festas (Êx 23.14-17; 34.18-23): 

1. Páscoa, celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; 
2. Festa das Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego*, recebeu o nome de Pentecostes; 
3. Festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento.

* A influência exercida pela cultura grega sobre os judeus, 4° séc. a.C, o nome "Pentecostes" – que significa "cinquenta dias depois" - foi usado para substituir o nome da Festa das Colheitas ou Festa das Semanas (At 2:1).

A festa de Pentecostes tem vários nomes no Antigo Testamento (Êx 23:14-17; 34:18-23). Vejamos:

1. Festa da Colheita ou Sega (Êx 23:16).
2. Festa das Semanas – (Dt 34:22; Nm 28:26; Dt 16:10).
3. Dia das Primícias dos Frutos – (Nm 28:26). 
4. Festa de Pentecostes – (At 2:1). 

Características da celebração

1. Era uma festa alegre e solene (Dt 16:11);
2. Era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16:10);
3. Reconhecia e reafirmava o compromisso e a responsabilidade de promover os laços comunitários;
4. Agradecia a Deus pelo fruto da terra e pelos seus estatutos (Dt 15:12);
5. Era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus estava na origem da vida (Hb 11:3).

1. Renovação da Aliança

O primeiro passo foi preparar o povo espiritualmente. Exemplos de preparação:

Antes de uma grande conquista (Js 3:5);
Antes de uma grande escolha (1 Sm 16:5);
Saber seu papel na obra de Deus (1Cr 15:12);

1.1 Instruções precisas

Edificar um altar de pedra bruta (provavelmente deus não queria que talhando as pedras, edificassem imagens);
Gravar as palavras da Lei 
Oferecer holocaustos
Cumprir os mandamentos

Moisés retoma neste terceiro discurso uma recapitulação da história, a renovação da aliança, exorta o povo à obediência e fala acerca das consequências da desobediência. 

1.2 Uma palavra de alerta aos desobedientes

O povo de Deus não pode ser amaldiçoado (Nm 23:7, 8), Sempre que Israel quebrou a aliança com Deus ficou exposto a maldições. O homem colhe o que planta (Gl 6:7), a Bíblia ensina uma responsabilidade individual pelo pecado (Ez 18:1-4; Jô 9:2, 3; 2 Co 5:17). Paulo dá um conselho em Filipenses 3:13-14 “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”

Desobediência gera perdas

"Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não seja rei." (1 Sm 15:22-23)

Os passos que conduzem à REBELIÃO são:

a. A perda do temor a Deus ou a negação da existência dEle;
b. Acreditar na sua própria capacidade de autoconhecimento ou que o homem seja divino;
c. Envolvimento no ocultismo,  idolatria, adivinhação, astrologia, bola de cristal, cartomancia, telepatia, percepção extrassensorial, premonição, magia branca e magia negra, mediunidade.

1.3 Promessas de bem-estar

A vontade de Deus está expressa na Bíblia; Benção – “preencher de potencia, tornar frutífero ou garantir a vitória”. O monte Ebal era árido, perfeito para simbolizar maldições, enquanto que o monte Gerizim era fértil, encoberto por uma vegetação, adequado para proclamar bênçãos. 

Ver capítulo 28 do livro de deuteronômio. A regra era clara e estava diante deles:

Ouvir atentamente, guardar os mandamentos; 
Obedecer à vontade divina e; 
Não se desviar de Seus caminhos. 

Que nós, como bons servos de Cristo Jesus, estejamos também atentos a estes princípios básicos, e certamente as bênçãos divinas sempre estarão sobre nós, dia após dia. As características das promessas de Deus:

Não falham (1 Rs 8:56);
Garantidas pelo poder divino (Rm 4:21);
Fundamentadas em Cristo (2 Co 1:20; 7:1);
De valor infinito (2 Pd 1:4);
Culmina na vida eterna (1 Jô 2:25).

2. REVERENCIA DIANTE DA PALAVRA DE DEUS

O segundo passo para se conseguir a benção divina é acatar a palavra de Deus, tudo era questão de escolha; no caso de Israel foi exigido:

Guardar silêncio (Dt 27:9; Ne 8:3);
Ouvir a voz de Deus (Dt 28:1; Is 48:17-19);
Confirmar as sentenças divinas (Dt 27:15-26);

3. A LIBERDADE DE ESCOLHA

O terceiro passo era a adesão voluntária à vontade de Deus (Dt 30:19), mas, a escolha é questão de vida e morte.

3.1 Alternativas possíveis

1. A tendência dos israelitas era a rebeldia, mas, quando estivessem prontos para voltarem a Deus, Este os receberia (Dt 30:1-6);
2. Deus de misericórdia se apieda do seu povo para que este viva (Dt 30:3, 6a);
3. A responsabilidade da nação era escolher Deus e obedecê (Dt 30:8);
Esta escolha implicaria em refutar aos apelos pagãos, pois, se rejeitassem a Deus e, aderisse ao paganismo, sofreriam com derrotas militares, invasão de estrangeiros e acima de tudo perderiam sua liberdade nacional. (Lm 1:18)

Apesar das proibições divinas, Israel se contaminou com as práticas religiosas de Canaã e das nações vizinhas. A seguir, relacionamos algumas dessas ocorrências, que se deram desde os tempos dos juízes até o fim da monarquia:

a. Foram edificados altares em vários lugares, quando só deveria haver um altar para a nação. (2 Rs17:9; 2 Rs 21:1-4; Dt 12:11-14);
b. Andaram nos estatutos das nações de Canaã. (2 Rs 17:8);
c. Fizeram estátuas, imagens de escultura. (2 Rs17:10,16; 2 Rs 21:7);
d. Queimaram incenso em vários lugares, principalmente debaixo das árvores. (2 Rs17: 10- 11; Os 4:13);
e. Praticaram a adoração a diversos deuses, principalmente a Baal. (2 Rs17:7, 12,16; Os. 4:17). Baal era a principal divindade dos cananeus e fenícios. Sua figura estava relacionada ao sol. Seu culto incluía sacrifícios de crianças.
f. Adoraram os astros (2 Rs 17:16; 2 Rs 21:5; 23:5);
g. Praticaram a feitiçaria (2 Rs 21:6; 1 Sm.28:7);
h. Invocaram os mortos (1 Sm 28:7-11);
i. Praticaram a magia (Os 4:12).

4. AS TESTEMUNHAS DO PACTO

Moisés encorajou o povo a seguir fielmente a Deus, utilizou de argumentos que testemunharam em favor de Deus:

O nome do senhor era temido devido aos seus atos (Dt 28:10,58);
A fidelidade de Deus versus a infidelidade de Israel (Dt 29:2-9);
Josué, que não se apartava da tenda da congregação (Dt 31:3, 23; Js 1:7, 8).

CONCLUSÃO:

Alguns princípios que representam uma vida vitoriosa, cheia das bênçãos de Deus:

1° além de conhecer o Senhor, devemos obedecê;
2° Ser guiado pelo Espírito de Deus é garantir proteção e entendimento da sua palavra;
3° Escolher Deus é escolher viver. 

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