terça-feira, 28 de julho de 2015

CAÍDO PELO CAMINHO...

Lucas 10:25-37.

E eis que se levantou certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.

Essa parábola originou-se da pergunta de um intérprete da lei que buscava testar Jesus: “Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?” (Luc 10: 29).

O cenário dessa parábola é o caminho entre Jerusalém e Jericó, onde um homem, viajando por esse caminho, foi assaltado por bandidos que, depois de o roubarem, ainda o deixaram gravemente ferido.

Três personagens são inseridos por Jesus na história: Um sacerdote, um levita e um samaritano. O sacerdote e o levita eram religiosos. Esperava-se deles que fossem praticantes da palavra de Deus, pois a conheciam. Eles sabiam o que tinham de fazer. Já o samaritano era considerado pelos judeus uma pessoa de segunda qualidade, indigna, pois eram inimigos.

Jesus critica aqui a falsa religiosidade, como também a hipocrisia e a falsidade. O sacerdote e o levita deveriam exercitar seu amor por alguém que precisava, já que tinham o conhecimento da vontade de Deus.
A inserção do samaritano nessa história mostra que o “status” não vale nada. Os samaritanos tinham o “status” de odiados e de indignos, no entanto, a atitude de bondade desse samaritano, mostra que é isso que realmente agrada a Deus. 

O samaritano doou-se completamente ao homem que necessitava, empregando cuidado, tempo e até dinheiro. Essa é a atitude que Jesus quer ver. Em outras palavras, Jesus quer ver obras decorrentes da fé e não uma fé vazia de boas obras.

Amados, pode ser que essa parábola venha descrever a situação em que você se encontra; caído, machucado e deixado de lado pelas pessoas que a seu ver estariam do seu lado. O homem estava caído depois de perder uma luta pela sobrevivência contra ladrões, fora abandonado como morto. Quem sabe a sua história se confunde com a deste homem? Você também está caído, ferido e quase morrendo; sentindo-se abandonado.

O primeiro a passar pelo local e ter uma visão do fato foi o sacerdote, o religioso tão atarefado e talvez preocupado com a intercessão pelos pecados do povo, mas naquele momento ele não podia parar, talvez estivesse escalado para o sacrifício no templo. O segundo era o levita, também a serviço de Deus no templo, ele não parou para socorrer a vitima do inimigo, talvez ele também estivesse muito ocupado ou talvez com pressa de chegar logo no templo para as tantas reuniões: círculo de oração, mocidade, adolescentes, ensaios e mais.

O terceiro era o que menos poderia se esperar dele, não porque não fosse um homem piedoso, mas porque os próprios judeus o tinham como alguém em quem não poderia se confiar. Às vezes o medo que de tão perto nos acompanha é o que nos impede de enxergar a nossa volta; estar caído pelo caminho não significa estar morto, se as pessoas que nós esperamos o socorro não parar, não significa que é o fim.

O nosso Deus jamais nos abandona, Ele sempre tem uma saída, sempre vai haver alguém que o Senhor levantou para passar o bálsamo nas nossas feridas. Não perca as esperanças, creia em Deus, mesmo que os próximos estejam ocupados demais, sempre teremos o Senhor vindo ao nosso socorro – O BOM SAMARITANO.


Deus te abençoe!

Nenhum comentário:

Postar um comentário