terça-feira, 25 de junho de 2013

ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL

A ALIANÇA DIVINA PARA A REDENÇÃO DA HUMANIDADE

Texto bíblico – deuteronômio 29:9-15

Texto Áureo – Jeremias 31:33

Introdução: O conteúdo das Alianças divinas apresenta unidade, continuidade e um tema estrutural; se mantivermos o olhar sobre o seu conteúdo, veremos como o plano eterno de Deus se desenvolveu, tanto para a nossa redenção quanto para uma vida bem-sucedida.

1. SIGNIFICADOS DA ALIANÇA

Aliança: "significa pacto, acordo, ajuste, concerto". Teologicamente: diz respeito a "concerto entre Deus e o seu povo". O AT é chamado Antiga Aliança, e o NT, Nova Aliança.

CONSIDERANDO:

1.1 Um relacionamento especial

Na Aliança Deus revela a si mesmo:

a. Demonstra seu amor eletivo;
b. Ter Seu nome reconhecido como Deus (Êx 6:3);
c. Ter a gratidão do seu povo;

1.2 Proclamação da vontade de Deus.

- O propósito de Deus para com O seu povo era:

a. Fazer uma propriedade peculiar, Êx 19:15;
b. Fazer um reino de sacerdotes, Êx 19:6;
c. Fazer uma nação Santa, Êx 19:6;
d. Cura divina, o que os egípcios passaram, Israel não experimentaria, Êx 15:26.

- Israel tinha a obrigação de ouvir a voz do Senhor (Êx 19:5). Expressa em:

1. Os Dez Mandamentos ÊX 20; Dt 5:7;
2. Os Estatutos (Êx 21:1 a 23:33), interpretação e aplicação de Êxodo 20;
3. Instruções religiosas (Êx 25:1 a 31:18), Lei Cerimonial;

1.3 Disposição da graça divina: O objetivo era praticar a palavra, fazendo assim o povo estaria abençoado por Deus, (Dt 29:9a, 13a).

2. ESTABELECIMENTO E RENOVAÇÃO DA ALIANÇA

Foram várias as alianças de Deus com seu povo: Adão, Noé, Abraão, Moisés, Israel.

2.1 A criação e a promessa

Aliança adâmica ou edênica - no Éden:

Deu-lhes a Terra e pleno domínio sobre os animais;
Deu-lhes fartura de alimento,
Abençoou-os e disse-lhes que deveriam frutificar e multiplicar.

Mas estabeleceu condições: 

Não deveriam comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal.
Se comessem da árvore proibida, morreriam.
Desobedeceram, quebraram a aliança, e experimentaram imediatamente a morte moral e espiritual, e, depois, a morte física.
Convém lembrar que em todos os concertos há promessas de bênçãos, mas há a contrapartida da fé e fiel obediência. (Gn 1:27-30; 2:16-17; 3:2-20).

2.2 A aliança com Noé.

Após o dilúvio, se salvaram Noé e sua família, num total de oito pessoas (Gn 7:13), Deus falou: "Convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra". Como sinal perpétuo dessa aliança Deus deixou o arco sobre as nuvens (Gn 9:11-17). Chamada aliança noética.

2.3 A aliança com Abraão.

Aliança abraâmica - chamado "concerto perpétuo", pois, estendeu às gerações vindouras apontando para o Reino Eterno de Cristo (Gn 17:7). Como parte da aliança Deus prometeu:

Fazer de Abraão uma grande nação, e abençoar todas as famílias da terra através dele (Gn 12:2-3);
Dar a terra de Canaã aos seus descendentes, que seriam grandemente multiplicados: "E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti" (Gn 12: 7,15; 13:16; 15:5; 17:2,6,7,8,9).
O concerto foi feito com Abrão, nome mudado por Deus para Abraão (pai da multidão) (Gn 17:39).
Como parte da aliança, Abraão deveria circuncidar todos os machos, filhos e servos sob sua autoridade, como selo do concerto, e de aceitação de Deus como Senhor (Gn 17:10-14, 23).
Deus prometeu estender a aliança a Isaque, o filho da promessa que iria nascer (Gn 17:16,19).

2.4 A aliança do Sinai.

Passados uns três meses da saída do Egito, Deus falou ao seu povo através de Moisés, ao sopé do monte Sinal (Horebe), para, basicamente, renovar e relembrar os termos do concerto com Abraão, Isaque e Jacó:


  • a terra de Canaã seria deles; 
  • Deus seria o único Deus de Israel; o povo assumiria o compromisso de guardar suas leis e mandamentos; 
  • seriam castigados em caso de desobediência (Êx 6:3-8; 19:4-6; 23:20-25). Uma promessa que deve ser guardada no coração: "Agora, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos... vós me sereis reino sacerdotal e nação santa" (Êx 19:5-6). O povo aceitou: "Tudo o que o Senhor falou, faremos" (Êx 24:3). 
  • Deus requer de nós o firme propósito de acatarmos os termos de sua aliança. As leis que deveriam ser obedecidas eram a lei moral (aqui incluídos os Dez Mandamentos), a lei civil, a lei cerimonial.


3. CARACTERÍSTICAS DA ALIANÇA.

3.1 Caráter inalterável e permanente.

No caso aqui a aliança é unilateral, pois, somente Deus pode manter os compromissos assumidos - Gn15: 9-21, (lembre-se – os animais eram cortados e os que entravam em aliança passavam pelo meio dos animais dilacerados e, aquele que não cumpri-se o acordo era digno de morte, Jr 34:18-20).

3.2 Duplo aspecto.

a. Deus cumpre suas promessas (Is 25:1; Sl 33:11);
b. E seus planos não podem ser frustrados (Pv 21:30);
c. Seus benefícios são alcançados pela fé (Tg 2:23);
d. Só os obedientes alcançam (Hb 11:8).

4. A PROMESSA DA ALIANÇA PERFEITA.

Israel violou as ordenanças divinas, exemplos:

a. Adorou ídolos (Jz 2:10-13);
b. Não mantiveram os anos sabático e jubilosos (Jr 34:12-16);
c. Os líderes da nação desonram o santuário e seus utensílios (1Sm 4:3,11; 13:7-13)
Devido à desobediência de Israel, a relação com Deus apontava para uma nova aliança, profetizada por Jeremias seis séculos antes do nascimento de Cristo (Jr 31:31-37; Hb 8:8). As bênçãos prometidas na Nova Aliança serão cumpridas com o Israel literal, no Reino Milenar (Jr 31.31-40). O cumprimento depende unicamente da integridade de Deus, e não da fidelidade de Israel.
Deus sempre está disposto a perdoar a infidelidade (Ne 9:17; Jl 2:13).

4.1 O eterno propósito de redenção.

A Nova Aliança proporciona uma transformação interior da mente e do coração, que só pode ser produzida através da regeneração espiritual. (Hb 8:10; 2Co 3:3). A Antiga Aliança era exterior, lavrada na pedra (Êx 32:15-16); Isso acontecerá com Israel, (Zc 12.10; Rm 11.26);
A aliança mosaica estipulava que os conceitos da Lei, com seus complicados rituais e regimentos, só fossem ensinados pelos líderes religiosos. Os que vivem sob os preceitos da Nova Aliança são ensinados pelo Senhor, por meio do Espírito Santo que habita em seu interior, e recebem poder para andar nos caminhos do Senhor e guardar os Seus estatutos (Ez 36:27; 1 Jô 2:20);
Na Antiga Aliança, o pecado era lembrado sempre que um animal era oferecido em sacrifício (Hb 10.3). Na Nova Aliança, Jesus foi o Cordeiro do sacrifício, que, de uma vez por todas, removeu o pecado (Hb 10:12,15-18);
Cristo é o Mediador da Nova Aliança (Hb 9:15-20).



CONCLUSÃO
Embora o homem esteja atormentado pelos seus próprios pecados, Deus, através de Cristo nos dá a redenção. Só que é preciso assumir responsabilidades, e adotar uma postura regrada na Palavra de Deus.



segunda-feira, 17 de junho de 2013

ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL

PASSOS PARA A BENÇÃO DIVINA

Texto básico: Deuteronômio 30:14-20.

Texto Áureo: “E, depois, leu em alta voz todas as palavras da Lei, e benção e a maldição, conforme tudo o que está escrito no livro da Lei”. Josué 8:34.

INTRODUÇÃO

A lição faz referencia ao terceiro discurso de Moisés, dirigido aos israelitas nascidos durante a peregrinação. Moisés apresentou instruções sobre como os israelitas poderiam receber a benção divina e subsistir como nação, diante dos cananeus (Dt 30:11-20). Deus permite a todos que são submissos à sua Palavra, fazer parte integral de seus planos (Jr 42:6); ao mesmo tempo Ele não deixa impunes os desobedientes ((Dt 9:14).
A palavra chave é gratidão; os israelitas deveriam trazer um cesto com as primícias e declamar a história de redenção e do presente dado por Deus, à terra prometida (supõe-se que seja possível celebração da festa das Semanas/Colheita ou Pentecostes, Êx 23:16; Lv 23:15-21; Dt 16:9-15).

No antigo calendário israelita estão relacionadas três festas (Êx 23.14-17; 34.18-23): 

1. Páscoa, celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; 
2. Festa das Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego*, recebeu o nome de Pentecostes; 
3. Festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento.

* A influência exercida pela cultura grega sobre os judeus, 4° séc. a.C, o nome "Pentecostes" – que significa "cinquenta dias depois" - foi usado para substituir o nome da Festa das Colheitas ou Festa das Semanas (At 2:1).

A festa de Pentecostes tem vários nomes no Antigo Testamento (Êx 23:14-17; 34:18-23). Vejamos:

1. Festa da Colheita ou Sega (Êx 23:16).
2. Festa das Semanas – (Dt 34:22; Nm 28:26; Dt 16:10).
3. Dia das Primícias dos Frutos – (Nm 28:26). 
4. Festa de Pentecostes – (At 2:1). 

Características da celebração

1. Era uma festa alegre e solene (Dt 16:11);
2. Era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16:10);
3. Reconhecia e reafirmava o compromisso e a responsabilidade de promover os laços comunitários;
4. Agradecia a Deus pelo fruto da terra e pelos seus estatutos (Dt 15:12);
5. Era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus estava na origem da vida (Hb 11:3).

1. Renovação da Aliança

O primeiro passo foi preparar o povo espiritualmente. Exemplos de preparação:

Antes de uma grande conquista (Js 3:5);
Antes de uma grande escolha (1 Sm 16:5);
Saber seu papel na obra de Deus (1Cr 15:12);

1.1 Instruções precisas

Edificar um altar de pedra bruta (provavelmente deus não queria que talhando as pedras, edificassem imagens);
Gravar as palavras da Lei 
Oferecer holocaustos
Cumprir os mandamentos

Moisés retoma neste terceiro discurso uma recapitulação da história, a renovação da aliança, exorta o povo à obediência e fala acerca das consequências da desobediência. 

1.2 Uma palavra de alerta aos desobedientes

O povo de Deus não pode ser amaldiçoado (Nm 23:7, 8), Sempre que Israel quebrou a aliança com Deus ficou exposto a maldições. O homem colhe o que planta (Gl 6:7), a Bíblia ensina uma responsabilidade individual pelo pecado (Ez 18:1-4; Jô 9:2, 3; 2 Co 5:17). Paulo dá um conselho em Filipenses 3:13-14 “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”

Desobediência gera perdas

"Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não seja rei." (1 Sm 15:22-23)

Os passos que conduzem à REBELIÃO são:

a. A perda do temor a Deus ou a negação da existência dEle;
b. Acreditar na sua própria capacidade de autoconhecimento ou que o homem seja divino;
c. Envolvimento no ocultismo,  idolatria, adivinhação, astrologia, bola de cristal, cartomancia, telepatia, percepção extrassensorial, premonição, magia branca e magia negra, mediunidade.

1.3 Promessas de bem-estar

A vontade de Deus está expressa na Bíblia; Benção – “preencher de potencia, tornar frutífero ou garantir a vitória”. O monte Ebal era árido, perfeito para simbolizar maldições, enquanto que o monte Gerizim era fértil, encoberto por uma vegetação, adequado para proclamar bênçãos. 

Ver capítulo 28 do livro de deuteronômio. A regra era clara e estava diante deles:

Ouvir atentamente, guardar os mandamentos; 
Obedecer à vontade divina e; 
Não se desviar de Seus caminhos. 

Que nós, como bons servos de Cristo Jesus, estejamos também atentos a estes princípios básicos, e certamente as bênçãos divinas sempre estarão sobre nós, dia após dia. As características das promessas de Deus:

Não falham (1 Rs 8:56);
Garantidas pelo poder divino (Rm 4:21);
Fundamentadas em Cristo (2 Co 1:20; 7:1);
De valor infinito (2 Pd 1:4);
Culmina na vida eterna (1 Jô 2:25).

2. REVERENCIA DIANTE DA PALAVRA DE DEUS

O segundo passo para se conseguir a benção divina é acatar a palavra de Deus, tudo era questão de escolha; no caso de Israel foi exigido:

Guardar silêncio (Dt 27:9; Ne 8:3);
Ouvir a voz de Deus (Dt 28:1; Is 48:17-19);
Confirmar as sentenças divinas (Dt 27:15-26);

3. A LIBERDADE DE ESCOLHA

O terceiro passo era a adesão voluntária à vontade de Deus (Dt 30:19), mas, a escolha é questão de vida e morte.

3.1 Alternativas possíveis

1. A tendência dos israelitas era a rebeldia, mas, quando estivessem prontos para voltarem a Deus, Este os receberia (Dt 30:1-6);
2. Deus de misericórdia se apieda do seu povo para que este viva (Dt 30:3, 6a);
3. A responsabilidade da nação era escolher Deus e obedecê (Dt 30:8);
Esta escolha implicaria em refutar aos apelos pagãos, pois, se rejeitassem a Deus e, aderisse ao paganismo, sofreriam com derrotas militares, invasão de estrangeiros e acima de tudo perderiam sua liberdade nacional. (Lm 1:18)

Apesar das proibições divinas, Israel se contaminou com as práticas religiosas de Canaã e das nações vizinhas. A seguir, relacionamos algumas dessas ocorrências, que se deram desde os tempos dos juízes até o fim da monarquia:

a. Foram edificados altares em vários lugares, quando só deveria haver um altar para a nação. (2 Rs17:9; 2 Rs 21:1-4; Dt 12:11-14);
b. Andaram nos estatutos das nações de Canaã. (2 Rs 17:8);
c. Fizeram estátuas, imagens de escultura. (2 Rs17:10,16; 2 Rs 21:7);
d. Queimaram incenso em vários lugares, principalmente debaixo das árvores. (2 Rs17: 10- 11; Os 4:13);
e. Praticaram a adoração a diversos deuses, principalmente a Baal. (2 Rs17:7, 12,16; Os. 4:17). Baal era a principal divindade dos cananeus e fenícios. Sua figura estava relacionada ao sol. Seu culto incluía sacrifícios de crianças.
f. Adoraram os astros (2 Rs 17:16; 2 Rs 21:5; 23:5);
g. Praticaram a feitiçaria (2 Rs 21:6; 1 Sm.28:7);
h. Invocaram os mortos (1 Sm 28:7-11);
i. Praticaram a magia (Os 4:12).

4. AS TESTEMUNHAS DO PACTO

Moisés encorajou o povo a seguir fielmente a Deus, utilizou de argumentos que testemunharam em favor de Deus:

O nome do senhor era temido devido aos seus atos (Dt 28:10,58);
A fidelidade de Deus versus a infidelidade de Israel (Dt 29:2-9);
Josué, que não se apartava da tenda da congregação (Dt 31:3, 23; Js 1:7, 8).

CONCLUSÃO:

Alguns princípios que representam uma vida vitoriosa, cheia das bênçãos de Deus:

1° além de conhecer o Senhor, devemos obedecê;
2° Ser guiado pelo Espírito de Deus é garantir proteção e entendimento da sua palavra;
3° Escolher Deus é escolher viver.